quinta-feira, 20 de setembro de 2007

OLHARES SOBRE O ABSENTEÍSMO NA ESCOLA

Por Prof Ms Jorge Ricardo Menezes da Silva

Escola é lugar de gente, gente que estuda, que trabalha, que se socializa. Escola se faz com gente. Gente que se compromete com a educação plena, gente que promove a difusão dos saberes construídos ao longo da história da humanidade, gente que humaniza e hominiza, que atua no plano da educação moral, que dissemina hábitos e atitudes que contribuem para as atividades sociais e laborais.

Por estarmos em uma instituição educativa em tempos de globalização econômica e de planetarização filosófica e comportamental, parâmetros advindos do toyotismo impregnam nossas práticas e a retórica da gestão escolar, dentre os quais podemos citar: o comprometimento, a postura pró-ativa, a capacidade de administrar recursos e processos ao longo do tempo.

É fato que seres humanos estão mergulhados em um mundo onde problemas em sua teia da vida biofísica, social, psíquica e espiritual podem comprometer a qualidade do serviço desenvolvido pelo profissional da educação.

Entretanto, apelo para que o compromisso profissional deva ser relevante na opção do docente em se ausentar do ambiente escolar devido aos prejuízos decorrentes da ausência de um professor.

A falta do professor ocasiona problemas operacionais e pedagógicos. Problemas operacionais porque algumas turmas terão sua rotina escolar alterada e há uma reação em cadeia, porque para suprir uma ausência outros professores são mobilizados para dar cobertura àquela falta.

Problemas pedagógicos porque o planejamento curricular se vê comprometido devido à redução de encontros com os educandos e com isso há um enxugamento do conteúdo a ser desenvolvido. Vale ressaltar que um número elevado de faltas pode comprometer a qualidade da formação oferecida pela instituição. E tal magnitude em uma escola que prima pela qualidade é um forte indício de ineficácia de seu projeto educativo.

O termo absenteísmo é empregado para designar as faltas/atrasos dos profissionais no processo de trabalho, seja por falta ou atraso, devido a algum motivo interveniente.
Ter colaboradores nem sempre significa tê-los atuando durante todos os momentos do horário de trabalho. As faltas/atrasos dos profissionais ao trabalho ocasionam distorções quando se refere ao volume e disponibilidade ou atraso de trabalho. Essas ausências são as faltas ou atrasos ao trabalho. O absenteísmo é a principal conseqüência. O oposto do absenteísmo é a assiduidade. Está relacionada com o tempo em que o profissional está desenvolvendo suas atividades laborais.

O absenteísmo ou ausentismo é a freqüência ou duração de tempo de trabalho perdido quando os colaboradores não vão ao trabalho. O absenteísmo constitui a soma dos períodos em que os colaboradores se encontram ausentes do trabalho, seja ela por falta ou algum motivo de atraso.

Portanto, solicito ao educador que ao optar por faltar que verifique a amplitude de sua ação e a contribuição de seu ato em relação à qualidade educativa que nos comprometemos a efetivar quando escolhemos sermos professores.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, Jorge!
Concordo plenamente com sua colocação quanto ao absenteísmo.
Não refere-se apenas ao operacional. atinge, sem sombra de dúvida, a organização pedagógica, comprometendo a qualidade do ensino e, até mesmo (em casos extremos) a credibilidade do educador e da instituição, junto ao aluno.
Um grande abraço!